Saúde
Pessoas que, por acidente, tiveram relação sexual desprotegida e tem dúvida se o parceiro tem ou não o vírus da aids, agora, vão poder tomar medicamentos para prevenir a transmissão da doença pelo SUS, como uma espécie de "pílula do dia seguinte". Antes, só podia receber o cocketel de medicamentos antiaids, pessoas vítimas de estupro ou profissionais de saúde em situação de risco. Mas para que os profissionais de saúde possam decidir em quais situações recomendar o uso dos medicamentos, o Ministério da Saúde lançou um guia para orientá-los. O assessor técnico do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Ronaldo Hallal, explica que o uso de medicamentos é apenas para casos excepcionais já que a grande forma de prevenção contra o HIV continua sendo o uso da camisinha.
"A primeira coisa é que as pessoas devem evitar exposição de risco sem a utilização de preservativo. O recomendado é que utilizem métodos de barreira, práticas sexuais seguras, uso de preservativo, masculino ou feminino, em toda relação sexual. Uma vez ocorrendo qualquer tipo de acidente, como ruptura, ou por alguma razão qualquer as pessoas tenham deixado de utilizá-lo, a profilaxia pós-exposição entra como um recurso para evitar a transmissão."
As recomendações são voltadas, exclusivamente, para os profissionais de saúde, que devem seguir as novas orientações, conforme cada caso. Além disso, foram feitas algumas mudanças no tipo de medicamentos antirretrovirais oferecidos nas situações de emergência. Segundo Ronaldo Hallal, isso vai diminuir o sofrimento dessas pessoas, facilitando o tratamento e reduzindo os efeitos colaterais.
"Ele propõe esquemas de profilaxia antirretroviral mais simples, com menor número de comprimidos e melhor perfil de efeitos adversos. Em todos eles se faz uma avaliação de risco, com a decisão de indicar o uso de antirretrovirais como profilaxia."
Ronaldo Hallal ressalta que não é qualquer um que chega ao centro de saúde que vai ter acesso aos coquetéis antiaids e que a medida não atende quem tem relações sexuais sem proteção com freqüência. O ideal é que os medicamentos de prevenção da aids sejam tomados nas primeiras horas após a relação sexual desprotegida, e, no máximo, em até 72 horas. O tratamento deve ser feito, por em média, 28 dias.
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