
A eleição tirou do Congresso Nacional o senador Arthur Virgílio Neto (PSDB), que obteve 640.051 (21,94%), eleito, em setembro deste ano, o senador mais influente do País e o terceiro na lista dos ‘Dez Cabeças do Congresso Nacional’, em pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Ele declarou que vai voltar a ser diplomata, carreira que abandonou para fazer política.
Arthur afirmou, na noite de domingo, ter sido alvo de um complô político, ao qual chamou de “conspiração brutal”, liderada, segundo ele, pelo agora senador Eduardo Braga. “A minha adversária não tinha nem a metade do poder financeiro que foi utilizado em sua campanha, ela foi um instrumento do outro candidato ao senado para me atingir. Essa perseguição foi movida por questões pessoais, por eu ter denunciado diversos casos de corrupção em seu governo referente a obras fantasmas, que depois foram realizadas às pressas”, disse Arthur.
Derrotado em municípios onde durante a campanha, acreditava que sairia vencedor como Parintins, Arthur Neto agradeceu o apoio do prefeito Bi Garcia (PSDB) e de todos os outros que participaram de sua campanha. “Só tenho a agradecer a todos que me apoiaram nessas eleições e principalmente aos mais de seiscentos mil votos”.
Trajetória
Arthur Virgílio Neto foi ligado ao clandestino PCB e enfrentou a ditadura militar. Foi líder estudantil e diretor de Relações Externas do Centro Acadêmico Candido de Oliveira-Livre. Durante 10 anos, a partir de 1964, foi professor particular de Inglês. Bacharel em Direito, em 1974, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ingressou na carreira diplomática ao concluir o curso do Instituto Rio Branco; tem nível de Mestrado; e, hoje, é conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores. Exerceu os seguintes mandatos eletivos: 1º Suplente de Deputado Federal-PMDB, de 1979 a 1982; Deputado Federal-PMDB, de 1983 a 1987; Em 1996, foi candidato ao Governo do Amazonas, tendo obtido a segunda maior votação do pleito; Prefeito de Manaus-PSB/PSDB, de 1989 a 1992; Deputado Federal-PSDB, de 1995 a 1999 e de 1999 a 2003; Senador da República-PSDB, período de 2003 a 2011.
Vanessa Eleita
A comunista Vanessa Grazziotin, que contou com o apoio do presidente Lula e de Dilma Roussef, venceu a disputa contra Arthur Neto (PSDB) pela segunda vaga para o Senado Federal.
Com 98,71% das urnas apuradas às 22h, Vanessa já tinha 666.169 votos, 22,84% do total, e Arthur Neto 640.001 votos, 21,94% do total apurado. O governador e candidato ao Senado Eduardo Braga tinha, até às 22h, 1.226.353 votos (42,04%).
Em quarto lugar ficou Jefferson Praia, do PDT, com 242.481 votos (8,31%). Em quinto, Marilene Correa, do PT, que tinha 134.491 votos (4,61%), até às 22h. Professor Queiroz, do P-Sol, tinha 4.646 (0,16%) e Tarcísio Leão, do PSTU, 3.107 (0,11%).
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