Manaua
A vazante dos rios da bacia Amazônica, apesar de ser um processo natural, a cada ano tem afetado mais os ribeirinhos, que dependem do rio para tirar seu sustento. Confira na videorreportagem um pouco sobre a seca dos Rios Negro e Solimões em municípios do Amazonas, em Outubro de 2010.
O Estado do Amazonas enfrenta uma das maiores estiagens desde o início das medições dos níveis dos rios, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O rio Negro, que banha a capital Manaus, registrou nesta quarta-feira 14,09 m, o que caracteriza a segunda maior estiagem desde que a série de medições foi iniciada, em 1902.
De acordo com o gerente de Hidrologia do CPRM, Daniel Oliveira, o memor índice já registrado foi em 1963, quando o rio estava com 13,64 m. Segundo o geólogo, no dia 11 de outubro o rio Solimões marcou o valor negativo de 86 cm na régua de Tabatinga, a menor média da série histórica. "Nos últimos dias, o nível do rio apresentou uma elevação, e hoje registramos 64 cm, mas não temos como precisar se isso vai se confirmar".
O geólogo afirmou ainda que a estiagem causa prejuízos ao Estado, que depende do transporte fluvial. "Isso traz muitos problemas ao transporte de combustíveis e alimentos, sem contar com as famílias ribeirinhas que precisam caminhar extensas faixas de terra com a seca dos rios". Daniel disse que as medições servem para alertar a população e a Defesa Civil sobre os problemas causados tanto pelas cheias como pela seca.
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