Memórias - Saudades
03/04/2009 09:48
Garcitylzo do Lago Silva
![]() |
São passados setenta e dois anos, depois que cheguei a Manaus, viajando pelo navio “Moacir”, hoje naufragado em águas do grande Rio, à noite do dia 20 de novembro de 1935, com apenas oito anos de idade.
Lembro-me, como se hoje fora, o momento em que desci no cais flutuante desta querida Cidade, feericamente iluminada e, assustado com os bondes, saindo da praça da “ Estação dos Bondes”, subindo e descendo as Avenidas Epaminondas e Eduardo Ribeiro e, outros, passando em frente ao portão principal do cais, com destino à Fabrica de Cerveja.
A Manaus noturna impressionou-me, de tal maneira, marcando, indelevelmente, sua imagem que, até hoje, muito viva, guardo na retina dos meus olhos e, no mais profundo lugar do meu coração.
Era uma visão diferente, luminosa, grandiosa, que deixara o pequeno garoto que acabara de chegar de sua pequena e interiorana cidade de Parintins, inteiramente deslumbrado, pela diferença do ambiente que avistava, em se comparando, com a simplicidade da sua idolatrada terra natal.
Ameia-a, à primeira vista e, tenho certeza disso, porque afirmo ter sentido, no lugar mais recôndito da minha alma , o chamamento feito, adotando-me como seu novo filho,com o dever de ajudá-la a crescer, tornando-a mais forte e respeitada, como acolhedora e amorosa, para todos quantos aqui buscassem, abrigo e proteção.
Era, então, a Manaus, cidade menina, pequena, considerando-se o espaço físico ocupado, porém bela, elegante, cosmopolita e, na pujança da educação de quantos aqui residiam, a maioria educada em paises de outros continentes, repousava a grandeza de seus atos e da sua fina e refinada conduta.
Praças, a da Saudade, principalmente, parecendo ser a mais requintada, era como se fosse, um elemento retirado do coração de Paris, com seus belíssimos caramanchões e, implantada, como logradouro público, naquela Manaus dos anos trinta; a “General Osório”, hoje Parque Esportivo do atual “ Colégio Militar”,era ampla, bela, revestida por um piso , certamente importado da nossa Pátria mãe, Portugal; a de São Sebastião, com seu piso branco, que diziam ser, inteiramente,fabricado de borracha natural e, o maravilhoso desenho, traçado com as pedras portuguesas, pretas e brancas, formando o artístico piso da porção central da praça, emoldurando a belíssima obra que representa o episódio do fato histórico, da “Abertura dos Portos às Nações Amigas” foram copiados, usurpados e levados para o Rio de Janeiro, onde serviram de modelo,a nossa revelia, para a construção do piso das calçadas de Copacabana, Ipanema e outras mais.
Vivi momentos de ternura, nesta cidade, na qual, a totalidade de seus habitantes, incluindo-- se, até mesmo, os mais pobres, eram considerados felizes, não só pela fartura da sua mesa, como, também, pela educação de grande qualidade, oferecida à população, pela severidade e honestidade no cumprimento das leis e das relações inter-pessoais e, principalmente, pelas oportunidades iguais, para todos, os melhores e mais capazes, pela natureza dos seus conhecimentos e pela sua reconhecida capacidade profissional, eram guindados, aos mais variados postos e cargos, graças às provas de eficiência, avaliadas pelos resultados da sua performance, demonstradas pelos resultados obtidos nos concursos públicos , em que haviam sido aprovados.
Com o advento da Segunda Grande Guerra Mundial (1939 a 1945), a cidade e o seu povo, sofreram, devido a falta dos produtos alimentícios, importados de outras Regiões, porque não eram produzidos em nosso Estado e, depois, pela falta de visão dos nossos Administradores que, nos. deixaram, quase à beira da miséria, sempre de pires na mão, a mendigar recursos do Governo Central, sofrendo, mais ainda, pela falta de energia e da água, em todos os bairros da cidade.
O sofrimento e o maior desespero, sofrido por nossa gente, foi o causado pelo descumprimento do Estado, quando deixou de sanar seus compromissos com os Empresários e, principalmente, com o Funcionalismo Publico que, durante um ano, ficou sem receber seus vencimentos e, os aposentados, seus respectivos proventos.
Outros administradores, mais tarde, procuraram melhorar um pouco essa tremenda aflição, mas, e somente a partir de 1964, com o advento da implantação da Zona Franca de Manaus, criada pelo estão Presidente da República, Marechal Castelo Branco, as coisas voltaram ao seu curso normal, dando uma nova feição à Cidade, levando-a , gradativamente, a grandeza atual , econômico-financeira e, a pujança de Metrópole, como a nova Capital da Amazônia Brasileira.
Essa cidade menina de 1935 agigantou-se e, hoje, como a nova Metrópole da Região Amazônica, desfruta e oferece a tantos aqui chegados, uma vida mais agradável e muitas outras oportunidades, para aqueles que se enquadrarem nos limites do preparo técnico exigido, para o preenchimento dos milhares de chamamentos para cargos, dos mais diferentes padrões e níveis de conhecimentos, oferecidos.
Cidade adorada, onde cresci, estudei, casei e, com certeza, me fiz cidadão, dela e da minha amada Parintins, guardo, em meu peito, no mais recôndito lugar do meu coração, a mais profunda gratidão pelo que, ambas, sempre me proporcionaram e, sobretudo, permitiram que os esforços e a colaboração que prestei, fossem, exatamente, a materialização dos sonhos que sempre acalentaram e impulsionaram a minha vida.
A ti Manaus, Metrópole da Nova Amazônia, a devoção do meu amor, a gratidão dos meus sentimentos e a profunda felicidade de te ver tão bela, tão pujante, tão meiga e gentil e, profundamente humilde, no trato que tens dado a quantos irmãos brasileiros que, em teus braços, tem buscado reviver a esperança perdida e, a voltar a sonhar, com a possível conquista, do sempre almejado Lugar ao Sol, o bem mais precioso, de quantos aqui tem chegado.
O meu maior desejo, é de que sejas sempre Justa, Fraterna, Aconchegante e Amiga Incondicional, de todos quantos recorrerem à tua Sombra Acolhedora.
Lembro-me, como se hoje fora, o momento em que desci no cais flutuante desta querida Cidade, feericamente iluminada e, assustado com os bondes, saindo da praça da “ Estação dos Bondes”, subindo e descendo as Avenidas Epaminondas e Eduardo Ribeiro e, outros, passando em frente ao portão principal do cais, com destino à Fabrica de Cerveja.
A Manaus noturna impressionou-me, de tal maneira, marcando, indelevelmente, sua imagem que, até hoje, muito viva, guardo na retina dos meus olhos e, no mais profundo lugar do meu coração.
Era uma visão diferente, luminosa, grandiosa, que deixara o pequeno garoto que acabara de chegar de sua pequena e interiorana cidade de Parintins, inteiramente deslumbrado, pela diferença do ambiente que avistava, em se comparando, com a simplicidade da sua idolatrada terra natal.
Ameia-a, à primeira vista e, tenho certeza disso, porque afirmo ter sentido, no lugar mais recôndito da minha alma , o chamamento feito, adotando-me como seu novo filho,com o dever de ajudá-la a crescer, tornando-a mais forte e respeitada, como acolhedora e amorosa, para todos quantos aqui buscassem, abrigo e proteção.
Era, então, a Manaus, cidade menina, pequena, considerando-se o espaço físico ocupado, porém bela, elegante, cosmopolita e, na pujança da educação de quantos aqui residiam, a maioria educada em paises de outros continentes, repousava a grandeza de seus atos e da sua fina e refinada conduta.
Praças, a da Saudade, principalmente, parecendo ser a mais requintada, era como se fosse, um elemento retirado do coração de Paris, com seus belíssimos caramanchões e, implantada, como logradouro público, naquela Manaus dos anos trinta; a “General Osório”, hoje Parque Esportivo do atual “ Colégio Militar”,era ampla, bela, revestida por um piso , certamente importado da nossa Pátria mãe, Portugal; a de São Sebastião, com seu piso branco, que diziam ser, inteiramente,fabricado de borracha natural e, o maravilhoso desenho, traçado com as pedras portuguesas, pretas e brancas, formando o artístico piso da porção central da praça, emoldurando a belíssima obra que representa o episódio do fato histórico, da “Abertura dos Portos às Nações Amigas” foram copiados, usurpados e levados para o Rio de Janeiro, onde serviram de modelo,a nossa revelia, para a construção do piso das calçadas de Copacabana, Ipanema e outras mais.
Vivi momentos de ternura, nesta cidade, na qual, a totalidade de seus habitantes, incluindo-- se, até mesmo, os mais pobres, eram considerados felizes, não só pela fartura da sua mesa, como, também, pela educação de grande qualidade, oferecida à população, pela severidade e honestidade no cumprimento das leis e das relações inter-pessoais e, principalmente, pelas oportunidades iguais, para todos, os melhores e mais capazes, pela natureza dos seus conhecimentos e pela sua reconhecida capacidade profissional, eram guindados, aos mais variados postos e cargos, graças às provas de eficiência, avaliadas pelos resultados da sua performance, demonstradas pelos resultados obtidos nos concursos públicos , em que haviam sido aprovados.
Com o advento da Segunda Grande Guerra Mundial (1939 a 1945), a cidade e o seu povo, sofreram, devido a falta dos produtos alimentícios, importados de outras Regiões, porque não eram produzidos em nosso Estado e, depois, pela falta de visão dos nossos Administradores que, nos. deixaram, quase à beira da miséria, sempre de pires na mão, a mendigar recursos do Governo Central, sofrendo, mais ainda, pela falta de energia e da água, em todos os bairros da cidade.
O sofrimento e o maior desespero, sofrido por nossa gente, foi o causado pelo descumprimento do Estado, quando deixou de sanar seus compromissos com os Empresários e, principalmente, com o Funcionalismo Publico que, durante um ano, ficou sem receber seus vencimentos e, os aposentados, seus respectivos proventos.
Outros administradores, mais tarde, procuraram melhorar um pouco essa tremenda aflição, mas, e somente a partir de 1964, com o advento da implantação da Zona Franca de Manaus, criada pelo estão Presidente da República, Marechal Castelo Branco, as coisas voltaram ao seu curso normal, dando uma nova feição à Cidade, levando-a , gradativamente, a grandeza atual , econômico-financeira e, a pujança de Metrópole, como a nova Capital da Amazônia Brasileira.
Essa cidade menina de 1935 agigantou-se e, hoje, como a nova Metrópole da Região Amazônica, desfruta e oferece a tantos aqui chegados, uma vida mais agradável e muitas outras oportunidades, para aqueles que se enquadrarem nos limites do preparo técnico exigido, para o preenchimento dos milhares de chamamentos para cargos, dos mais diferentes padrões e níveis de conhecimentos, oferecidos.
Cidade adorada, onde cresci, estudei, casei e, com certeza, me fiz cidadão, dela e da minha amada Parintins, guardo, em meu peito, no mais recôndito lugar do meu coração, a mais profunda gratidão pelo que, ambas, sempre me proporcionaram e, sobretudo, permitiram que os esforços e a colaboração que prestei, fossem, exatamente, a materialização dos sonhos que sempre acalentaram e impulsionaram a minha vida.
A ti Manaus, Metrópole da Nova Amazônia, a devoção do meu amor, a gratidão dos meus sentimentos e a profunda felicidade de te ver tão bela, tão pujante, tão meiga e gentil e, profundamente humilde, no trato que tens dado a quantos irmãos brasileiros que, em teus braços, tem buscado reviver a esperança perdida e, a voltar a sonhar, com a possível conquista, do sempre almejado Lugar ao Sol, o bem mais precioso, de quantos aqui tem chegado.
O meu maior desejo, é de que sejas sempre Justa, Fraterna, Aconchegante e Amiga Incondicional, de todos quantos recorrerem à tua Sombra Acolhedora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário